segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

16/12/11 Sexta-feira - Terceira Cirurgia


A sexta-feira chegou com um céu de brigadeiro anunciando a vida, muito calor, pensei bastante, resolvi ligar, pedi para o Ricardo, as 12h30min ele estava no portão de casa, nos cumprimentamos como dois amigos, beijos no rosto.
Que saudade!
Perguntou sobre a minha semana e relatei. No percurso para o hospital, varias vezes segurou em minha mão. Perguntou sobre o presente que eu tinha comprado, quando eu entregaria.
- Não vou te entregar! A Manu não vai deixar você entrar no condomínio com o meu presente, muito menos usar.
- Já falei em casa que você comprou um presente para me dar.
- Azar o seu! Dana-se!!! Problema seu! Quem mandou contar.
Contou que ele ficou “grilada” por ele ter vindo me buscar. Que falou para a mesma  PARA! Já tínhamos conversado sobre isto.
Estacionou o carro em uma rua perpendicular a internação, aproveitou uma sombra, estava muito quente este dia. Descemos e quis me abraçar, não deixei.
- Para com isto, deixa e te abraçar, não fuja.
- Não! Melhor não.
Apresentei-me na recepção da internação. Enquanto aguardamos conversamos sobre coisas amenas, rimos muito (ele me faz rir sempre) e em seguida fui chamada pela enfermeira Fernanda.
- Ah! Você de novo???
Cai na gargalhada, dou trabalho para os enfermeiros, tudo questiono.
Acompanhou-me até o quarto, me instalei e solicitei que fosse embora. Acompanhei o mesmo até a porta do elevador, dei um abraço de despedida bem forte, virei e voltei para o meu quarto sem olhar para traz. Tinha a nítida sensação que estava encerrando ali mais um ciclo da minha vida.
Minha cirurgia esta marcada para as 14h00min, as 16h00min a enfermeira veio me buscar, até que enfim, já estava ficando ansiosa.
Entrei na sala de cirurgia e uma equipe de enfermeiros me rodeou, expliquei a minha alergia, mesmo tudo anotado no prontuário. O medico entrou na sala, não é nada simpático. Tentei manter um dialogo com o mesmo, mas foi impossível. A anestesista chegou, conversou comigo, fez varias perguntas (iguais das cirurgias anteriores). Em seguida começo o procedimento, colocou uma placa na minha perna, vários eletrodos e por fim o balão de oxigênio e por fim a anestesia geral.
Acordei na sala de recuperação, estava com muita sede, pedi para a enfermeira e a mesma disse não poderia me dar água, minha pressão estava muito baixa, tinha que aguarda.
As anteriores que foram maiores não tive nenhum problema, esta que foi  mais simples não estou bem.
Também em 30 dias, 3 cirurgias, 3 anestesia geral, não a corpo que agüente, tem que reagir mesmo.
 lhei para o local da cirurgia e vi que tinham colocado outro tipo de esparadrapo, PQP!!! , igual ao que usamos para embrulhar carnes, vasilhas para ir para a geladeira, me senti um pedaço de carne pronta para ir para o congelador (risos). FUDEU!  Isto não vai dar certo. Por volta da 20h00min meu irmão veio me buscar. Cheguei  em casa e fui tomar um lanche, em seguida Ricardo me ligou querendo saber detalhes de tudo. Contei, o mesmo falou varias coisas, mas agora tento não assimilar, lembro que disse varias vezes: Eu te amo!. Respondi secamente que eu também e nos despedimos.

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