segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

02/12/11 Sexta-feira


Não tive uma noite muito tranqüila, normal. Quando consegui dormi a enfermeira entrou bruscamente no quarto, eu e a parceira de quarto levamos um susto! PQP! Era quatro horas da manha.
Voltamos acordar por volta da 06h30min. Minha parceira de quarto finalmente despertou da anestesia. Conversamos bastante, estamos com muita fome e o nosso café só foi servido as 08h00min. Dividi com a mesma o suco e a barra de cereais que o Anjo me trouxe. Ela esta feliz já esta com alta, por volta das 9:30 foi embora, mas não antes de se despedir e me dar um caloroso abraço. Fiquei sozinha no quarto e a enfermeira Erica veio me ajudar a tomar um banho. Fiquei um bom tempo no chuveiro (risos), enquanto ela arrumava minha cama. Voltei para a cama cheirosinha com pijama limpinho. Aproveitei para tirar uns cochilos.
Anjo ligou querendo saber da minha noite e que horas vou ter alta. Informei que a medica passaria por volta das 13h00min. Então disse que ia almoçar e que depois iria para o hospital.
Meu almoço chegou, mas só consegui comer arroz e o purê, pois o bife estava inteiro e não tiver forças para cortar. Comi também a salada de frutas.
Por voltas das 13:45 a medica chegou, Graças a Deus!
A mesma começou a me examinar e a tirar o curativo e o Anjo chegou. Deixou-nos a sós.
A medica fez varias recomendações e saiu do quarto.
Liguei no celular do Anjo e pedi para vir para o quarto, demorou um pouco estava conversando com Dra  Thema.l
Ficamos a sós no quarto e eu quis saber se esta tudo bem. Fez uma careta.
- Huuuuum... fala tudo!
- Manu pediu para eu ir até em casa, queria conversar.
Como sempre ouvi atentamente, olhando bem nos seus olhos, tentando ver se alguma coisa escapava... Contou que a Manu foi ao psicólogo, que vai fazer terapia. Que não esta bem, que realmente ela precisa estar bem com ela mesmo. Que ninguém quer ficar perto de alguém que não esta bem. Que ela tem tanta coisa: carro, ótimo apto, dinheiro. Tem gente com muito menos e é feliz, que a felicidade esta dentro das pessoas e não nas pessoas do lado. Que ela precisava encontrar a felicidade dentro dela, Que ela estava quero colocar a felicidade nas mãos dele e que isto não era possível. Que neste momento ele não quer voltar, que esta bem, quer privacidade, quer ir e vir sem dar satisfação. Que deseja que ela esteja bem, que eles possam ser amigos, que possam sair juntos com os filhos, possa ajudar no que for necessário, mas voltar isto não, que esta bem na casa da mãe.
Ela quis saber se ele ia para o sitio, respondeu que talvez, então pediu o carro, ele disse:
- Não
- Mas o Ricardo vai chegar.
- Ele que use a moto, você tem seu carro, não vou deixar o meu
- Então não vai para o sitio??? Vai viajar com a Claudia?
- Não Manu, a Claudia esta no hospital. Neste fim de semana não vou viajar com ela, acabou de fazer uma cirurgia.
Acabei me manifestando, Que pena!

- Vamos??
Começou a arrumar a tralha. Recolheu a roupa, chinelos, arrumou tudo dentro da bolsa.
- Que roupa você vai colocar?
- Hum...
- Esta ?
- Você pode pegar água amor, por favor, estou com sede.
- Claro.
Enquanto foi pegar água tentei colocar a blusa, foi um desastre.
- Que é isto??? Não posso te deixar sozinha? Esta blusa não esta boa. Vamos trocar?
- Vamos. Coloquei o braço na frente da cirurgia.
- Você não se sente bem amor? Não quer que eu veja?
Balancei a cabeça.
- To bom.
Eu estava sentada na cama e ele foi muito gentil, ficou atrás, nas minhas costa e ajudou eu a trocar de blusa.
- Pronto! Vamos colocar a sapatilha.
- Esta tudo pronto. O que você vai levar?
Olhei bem para ele e disse:
- Vou levar meu celular e a água. Ou seja, sobrou tudo para ele.
- PQP!
Dei uma gargalhada. Aguardei ele descer com toda tralha (risos), logo o enfermeiro Claudio veio me buscar, Sentei na cadeira de rodas e sai feliz!
Passamos na farmácia, solicitei que pegasse a minha carteira
- Você quer a minha ou a sua? Acho melhor a minha que é menor, por que eu vou te bater.
- Por favor!
- Para! Quer alguma coisa?
- Não obrigada.
Mostrou a sacola cheia de remédios. Seguimos em direção a minha casa. Tenho um turbilhão de sentimentos neste momento, é bom sair do hospital, mas é difícil estar em casa.
Fomos recebidos por toda família, minha prima tinha feito um bolo de banana e fomos tomar café.
Sentamos-nos à mesa da cozinha e tudo esta correndo bem até minha mãe começar a destruir (literalmente) uma cesta que recebi.
- Para!
- Parar por quê? Esta porcaria, coisa feita, te, que jogar fora no lixo.
- Mas é meu!
E o clima ficou pesado.
O Anjo levantou e saiu, tive que ir atrás para me despedir, pedi um beijo. Senti naquele momento um abismo entre nós. Fiquei chateada.
Por volta das 18h00min a Re chegou e ficamos conversando, passado uma hora a Ângela chegou e a Re foi embora. Ângela saiu por volta das 21h00min. Minha mãe chegou até a porta do meu quarto e gritou:
- Que pessoal sem educação!
- Você quer que eu os mande eles irem embora?
Isto me magoa profundamente.




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