Não tive
uma noite muito tranqüila, normal. Quando consegui dormi a enfermeira entrou
bruscamente no quarto, eu e a parceira de quarto levamos um susto! PQP! Era
quatro horas da manha.
Voltamos
acordar por volta da 06h30min. Minha parceira de quarto finalmente despertou da
anestesia. Conversamos bastante, estamos com muita fome e o nosso café só foi
servido as 08h00min. Dividi com a mesma o suco e a barra de cereais que o Anjo
me trouxe. Ela esta feliz já esta com alta, por volta das 9:30 foi embora, mas
não antes de se despedir e me dar um caloroso abraço. Fiquei sozinha no quarto
e a enfermeira Erica veio me ajudar a tomar um banho. Fiquei um bom tempo no
chuveiro (risos), enquanto ela arrumava minha cama. Voltei para a cama
cheirosinha com pijama limpinho. Aproveitei para tirar uns cochilos.
Anjo ligou
querendo saber da minha noite e que horas vou ter alta. Informei que a medica
passaria por volta das 13h00min. Então disse que ia almoçar e que depois iria
para o hospital.
Meu almoço
chegou, mas só consegui comer arroz e o purê, pois o bife estava inteiro e não
tiver forças para cortar. Comi também a salada de frutas.
Por voltas
das 13:45 a medica chegou, Graças a Deus!
A mesma
começou a me examinar e a tirar o curativo e o Anjo chegou. Deixou-nos a sós.
A medica
fez varias recomendações e saiu do quarto.
Liguei no
celular do Anjo e pedi para vir para o quarto, demorou um pouco estava
conversando com Dra Thema.l
Ficamos a
sós no quarto e eu quis saber se esta tudo bem. Fez uma careta.
-
Huuuuum... fala tudo!
- Manu
pediu para eu ir até em casa, queria conversar.
Como
sempre ouvi atentamente, olhando bem nos seus olhos, tentando ver se alguma
coisa escapava... Contou que a Manu foi ao psicólogo, que vai fazer terapia.
Que não esta bem, que realmente ela precisa estar bem com ela mesmo. Que
ninguém quer ficar perto de alguém que não esta bem. Que ela tem tanta coisa:
carro, ótimo apto, dinheiro. Tem gente com muito menos e é feliz, que a
felicidade esta dentro das pessoas e não nas pessoas do lado. Que ela precisava
encontrar a felicidade dentro dela, Que ela estava quero colocar a felicidade
nas mãos dele e que isto não era possível. Que neste momento ele não quer
voltar, que esta bem, quer privacidade, quer ir e vir sem dar satisfação. Que
deseja que ela esteja bem, que eles possam ser amigos, que possam sair juntos
com os filhos, possa ajudar no que for necessário, mas voltar isto não, que
esta bem na casa da mãe.
Ela quis
saber se ele ia para o sitio, respondeu que talvez, então pediu o carro, ele
disse:
- Não
- Mas o
Ricardo vai chegar.
- Ele que
use a moto, você tem seu carro, não vou deixar o meu
- Então
não vai para o sitio??? Vai viajar com a Claudia?
- Não
Manu, a Claudia esta no hospital. Neste fim de semana não vou viajar com ela,
acabou de fazer uma cirurgia.
Acabei me
manifestando, Que pena!
- Vamos??
Começou a
arrumar a tralha. Recolheu a roupa, chinelos, arrumou tudo dentro da bolsa.
- Que
roupa você vai colocar?
- Hum...
- Esta ?
- Você
pode pegar água amor, por favor, estou com sede.
- Claro.
Enquanto
foi pegar água tentei colocar a blusa, foi um desastre.
- Que é
isto??? Não posso te deixar sozinha? Esta blusa não esta boa. Vamos trocar?
- Vamos.
Coloquei o braço na frente da cirurgia.
- Você não
se sente bem amor? Não quer que eu veja?
Balancei a
cabeça.
- To bom.
Eu estava
sentada na cama e ele foi muito gentil, ficou atrás, nas minhas costa e ajudou
eu a trocar de blusa.
- Pronto!
Vamos colocar a sapatilha.
- Esta
tudo pronto. O que você vai levar?
Olhei bem
para ele e disse:
- Vou
levar meu celular e a água. Ou seja, sobrou tudo para ele.
- PQP!
Dei uma
gargalhada. Aguardei ele descer com toda tralha (risos), logo o enfermeiro
Claudio veio me buscar, Sentei na cadeira de rodas e sai feliz!
Passamos
na farmácia, solicitei que pegasse a minha carteira
- Você
quer a minha ou a sua? Acho melhor a minha que é menor, por que eu vou te
bater.
- Por
favor!
- Para!
Quer alguma coisa?
- Não
obrigada.
Mostrou a
sacola cheia de remédios. Seguimos em direção a minha casa. Tenho um turbilhão
de sentimentos neste momento, é bom sair do hospital, mas é difícil estar em
casa.
Fomos
recebidos por toda família, minha prima tinha feito um bolo de banana e fomos
tomar café.
Sentamos-nos
à mesa da cozinha e tudo esta correndo bem até minha mãe começar a destruir
(literalmente) uma cesta que recebi.
- Para!
- Parar
por quê? Esta porcaria, coisa feita, te, que jogar fora no lixo.
- Mas é meu!
E o clima
ficou pesado.
O Anjo
levantou e saiu, tive que ir atrás para me despedir, pedi um beijo. Senti
naquele momento um abismo entre nós. Fiquei chateada.
Por volta
das 18h00min a Re chegou e ficamos conversando, passado uma hora a Ângela
chegou e a Re foi embora. Ângela saiu por volta das 21h00min. Minha mãe chegou
até a porta do meu quarto e gritou:
- Que
pessoal sem educação!
- Você
quer que eu os mande eles irem embora?
Isto me
magoa profundamente.
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