Hoje
amanheceu com uma leve chuvinha, tempo fechado... Como estou me sentindo, hoje
tem quimioterapia, estou insegura, sensível.
Prepararei-me
e fui para o Instituto Paulista de Oncologia, acabei chegando cedo, a
enfermeira não tinha chegado ainda e fiquei na recepção, tentei me distrair
lendo revista de fofoca, mas foi difícil.
Logo ela
chegou, cumprimentou e pediu para aguardar que ia preparar o material, senti um
calafrio.
Passaram
10 minutos e fui chamada, entrei para sala que estava completamente vazia,
observei atenta ao ambiente, algumas cadeiras, uma cama, alguns quadros, tudo
limpo e bem conversado. Escolhi uma e sentei, fez algumas perguntas e em
seguida veio com o saquinho com o liquido vermelho (igual de soro), não tinha
mais como fugir... Aquela substancia ir ser injetada no meu corpo, tive vontade
de sair correndo, de pedir para que parasse que não queria... Mas não tive
tempo, ela espetou agulha no cateter e iniciou a transfusão do liquido para o
meu corpo. Tive vontade de chorar, as lagrimas vieram e escorreram, eu logo as
enxuguei, coloque o fone no ouvido e liguei o MP4. Todo o momento pergunta se
estava bem, se eu sabia o que ia acontecer que no décimo quarto dia sentira uma
dor no couro cabeludo este era o sinal de que meu cabelo ia começar a cair,
falou dos enjôos, náuseas, também disse que deve aparecer aftas e já passou
medicação para isto, se tiver febre devo ir imediatamente para o Pronto
Socorro. (tive vontade de mandá-la CALAR A BOCA).
Deu-me uma
lembrança de Natal em nome do Instituto, uma agenda onde fica anotado tudo que
estou tomando, as consultas e também para eu anotar os sintomas que tiver.
Marcou nutricionista para o dia 03/01/12, aonde a mesma vai me orientar o que
posso e o que não posso comer vão acampar meu desempenho se estão emagrecendo,
se estou com anemia, etc.
Enquanto
não passo pela médica, passou umas orientações básicas.
Creio que
o processo tenha levado uns 40 minutos, fiquei aliviada quando terminou. Sai
meio desorientada, sem rumo... Meu pedido foi concedido estou conseguindo ser
forte, só derramei umas lagrimas, não chorei compulsivamente.
Cheguei em
casa almocei e fui para o quarto aguardar os enjôos e as náuseas, que Graça a
Deus não apareceram, estou somente com a boca ressecada.
Para minha
surpresa o Jean e a Alessandra vieram me visitar, conversamos, rimos e tomamos
café juntos. Falei com o Jean sobre o meu seguro, que a Porto negou, que estou
triste, pois o dinheiro vai fazer falta para eu comprar um carro com direção,
não posso mais dirigir carro sem direção, que pegar ônibus é complicado, mas
ele acendeu uma luz no fundo do túnel, disse que ele o Marciio e o Carlos estão
juntos nesta batalha, estou verificando junto a Porto a liberação.
Amanda,
amiga amada telefonou, conversou bastante esta em Vitoria, falei sobre o blog e
passei o endereço para mesma.
O resto do
dia foi tranqüilo.
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