segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

30/01/12 Segunda-feira

Olá!!!
Estou aproveitando estes dias que estou bem, e é assim que tem que ser, aproveitar quando se esta bem.Já deve ter visto as minhas perucas, risos, adorei, meu astral mudou, fiz até um book, risos. Vou colocar outras fotos. Espero que goste.




















Edilson

I do not know how to get ... tavlez saying thanks, but is not enough.
You always have this all these years away, much closer, always worried, always present even absent this ...
  And now this very difficult time of my life is made much more present, worries, always present with one word, hello.
Feeling their solidarity, their affection, their love, concern, makes me happy, it helps to pass this stage, because it is a phase does not love?We still laugh.
You're a wonderful man, sensitive, generous, kind.
Always remain so, now teaches his son to be the same as genrosofather amvavel, Solidarity, teach a man to be like his father, a man who does not exist.
I'll love you forever, my love is great, is not egosita, a love that desiresgood things for you and for all his new family, his wife, Luan for your sonand you wanted and amdado Edilson.
Again I say, thank you, not just for today, by this I loved, (I'll take picturesto send you), but for all the years I was always the same distance so close, so present.

I know that is not always rewarded, nor do I have to pay, the only thing I can ask is for God to protect you love, today, tomorrow and always!
Maybe one day we find it, maybe one day I can still embrace youwarmly, maybe ... but now I hold you now love, feel my abrço, lower to qualify for the hug please.

I love you!
Kisses in soul and heart.







sábado, 28 de janeiro de 2012

Caixa-Preta

Recebi da minha amiga Rose, muito bem colocado, só lendo para poder entender.




O escritor israelense Amós Oz tem um livro com o curioso título de Caixa-Preta. A trama deste romance excepcional não trata de quedas de avião ou naufrágios de transatlânticos, mas de desastres relativamente cotidianos, como uma relação amorosa frustrada e um drama familiar. A caixa-preta do título, portanto, é apenas uma metáfora do esforço para tentar entender os erros humanos que provocaram uma determinada tragédia pessoal. A ação se desenrola por meio de cartas trocadas entre diferentes personagens: uma mulher, seu ex-marido, o filho adolescente, o segundo marido. À medida que a história avança, diferentes perspectivas dos fatos vão sendo apresentadas aos leitores, e somos obrigados a reformular nossos julgamentos sobre os personagens. Quem a princípio parecia honesto talvez não fosse, quem parecia louco talvez fosse o mais equilibrado – e assim por diante até o impactante desfecho.
Na ficção barata, porém, o mundo é dividido entre bandidos e mocinhos em estado puro. Nobreza de espírito e torpeza de caráter nunca se misturam no mesmo personagem: quem nasce bom morre melhor ainda. Na vida real e na boa literatura, nem sempre é assim. Entre o herói e o crápula, há infinitas gradações de caráter. Nesse teatro confuso, em que os atores nem sempre ficam parados nas mesmas posições, vamos tentando nos movimentar sobre um chão que se move sob nossos pés – construindo uma expectativa mais ou menos realista em relação às outras pessoas, ao mesmo tempo em que tentamos demonstrar uma certa consistência nas nossas próprias atitudes.
É difícil admitir, mas o fato é que a maioria de nós move-se a maior parte do tempo mais por circunstâncias do que por grandes princípios morais. Por isso ficamos tão fascinados por aqueles que são capazes de transcender circunstâncias adversas, mesmo quando isso significa enfrentar alguma espécie de risco pessoal ou alguma consequência negativa, assim como desprezamos aqueles que aparentam não respeitar qualquer tipo de princípio.
Por oferecer ao público a figura de um vilão irresistivelmente desprezível, a caixa-preta moral do naufrágio do Costa Concordia acabou gerando mais interesse do que o próprio dispositivo de gravação encontrado no mar pelos mergulhadores. O capitão Schettino foi descrito por ex-colegas e subordinados como um homem vaidoso, fanfarrão e muitas vezes arrogante – um sujeito capaz de se sair com uma desculpa para abandonar o navio que seria cômica, não tivesse se mostrado trágica: “Escorreguei e caí no bote”. Por mais desagradável que fosse, porém, Schettino talvez se aposentasse sem nunca ter realmente prejudicado ninguém. Seria um canalha do tipo inofensivo se o destino não tivesse colocado uma pedra moral no seu caminho: agir segundo as circunstâncias, livrando a própria pele, ou segundo os princípios da função? Ser bravo ou covarde? Ser egoísta ou levar em conta o sofrimento dos outros? São escolhas que todos nós, de uma forma ou de outra, temos que fazer eventualmente – com grandes ou nenhuma consequência.
Coube a Schettino escolher o bote e tornar-se um canalha internacional. Muitos fariam a mesma escolha que ele. Mas nem sequer desconfiam.
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* Jornalista. Escritora. Colunista da ZH
Fonte: ZH on line, 21/01/2012
"Aquilo que a memória amou, fica eterno"

28/01/12 Sábado


Após alguns sem  condições de chegar perto do note, volto a escrever.
A quimioterapia é uma bomba de Hiroshima no seu corpo, cada quimioterapia vai agindo de uma forma diferente. Eu fiquei muito fraca, muito cansada, com muita queimação, a cada duas horas a queimação atacava meu estomago, entrei em depressão, chorei vários dias compulsivamente.
Tive enjôo do cheiro de café, do cheiro da minha cachorra, coitada. Eu amo café.
Fui à oncologista e nutricionista no dia 24/01, a oncologista de deu um remédio para queimação um verdadeiro milagre, tomo uma cápsula de manha e passo muito bem o dia inteiro, também vai aumentar a dose de alguma droga com a quimioterapia para eu não  passar tão mal.
Comecei a melhorar gradativamente, na quinta-feira amanheci ótima, minha amiga Ângela veio tomar café  na quinta-feira,nesta tarde e consegui tomar uma deliciosa xícara de café, uma coisa tão simples, mas que nos dias anteriores nem podia sentir o cheiro.
Estou com a auto-estima em alta, comprei a peruca, estou me sentindo PODEROSA!!! Risos.

Também recebi presente do Edilson dos USA, ele sempre me ligou, esta muito presente nestes dias difíceis, apesar da distancia, tem me ligado semanalmente.
Na semana passada me ligou nos meus piores dias, chorei, reclamei e pedi para me enviar  um dólar, pois tinha perdido o que ele tinha me enviado há vinte anos atrás.
Além do dólar me enviou um presente maravilhoso, uma peruca de cabelos longos, linda!!!! Também me enviou um cartão onde tinha o símbolo da campanha do câncer. Ou seja, se deu ao trabalho de ir para rua (lá esta nevando) procurar um cartão especifico, é realmente um homem sensível e amável.
Te amo! Te amo!!!!!! Obrigada!!!
Olha eu ai de peruca!!!! Rindo muito.








sábado, 21 de janeiro de 2012

21/01/12 Sábado


Esta semana foi difícil, nem cheguei perto no notebook, fiz a segunda quimioterapia na segunda-feira e esta me pegou, judiou. Já tinham me avisado que a partir da segunda quimioterapia eu iria sentir mais os efeitos colaterais e senti. Fiquei largada na cama, me senti muito cansada, náusea, boca seca, gosto ruim na boca, meus cabelos começaram a cair loucamente.
O cabelo mexe com a auto-estima, não consigo ainda me aceitar sem cabelos, ainda não estou sem, mas esta sendo a parte mais difícil de aceitar. Sei o que tenho que fazer, tenho que cortar o cabelo no mínimo, passar a maquina, mas não é fácil tomar a decisão. Sentir os cabelos caindo também não é bom é deprimente...
Hoje acordei bem, não estou mais me sentindo fraca, tomei coragem e fui até o salão e cortei o cabelo, não foi fácil, mas também não foi tão dolorido, risos.
Fui com a minha amiga Ângela em uma loja ver peruca, estava meio reticente em ver peruca, mas estava me sentindo muito mal em ficar careca, então fomos ver.
Tinha peruca de tudo que é jeito, experimentei varias morena, loira, longa, curta, cabelo liso, cacheados, acabou virando uma boa diversão. Mas gostei mesmo de uma Chanel, lisa, castanha, cabelos naturais, o preço????????????? Este é de matar! Ploft!!! R$ 1.400,00, a loja divide em até 5x, nossa melhorou bastante, risos. Mas a peruca que gostei já estava reservada para outra pessoa que ficou de dar resposta na terça-feira, agora é aguardar. Você me pergunta vale a pena??? Vale a pena pagar tão caro??? Vale!!! A minha auto-estima precisa deste mimo, preciso deste cabelo artificial, mesmo que todos saibam que estou careca. Mas eu não consigo me imaginar careca, muito menos sair à rua sem cabelos, sentir o olhar das pessoas... Até agora a doença não me expôs para outras pessoas, ando na rua, vou a bares, restaurantes, supermercados e lojas e ninguém sabe que estou enferma, mas ficar sem cabelo, isto vai me expor, as pessoas vão olhar e vão falar: nossa coitada! Eu já fiz este tipo de comentário quando vi uma pessoa careca. E não sou coitada, não preciso deste tipo de sentimento.
Hoje estou bem, olha a foto minha de cabelos bem curtinhos.
Hoje, só por hoje o meu dia foi lindo.






terça-feira, 17 de janeiro de 2012

17/01/2012 Terça -feira - Fotos

Hoje resolvi colocar algumas fotos minhas e de meus amigos, esta faltando alguns, mas com tempo vou colocando.


           Amanda, Ângela e Eu                                                                                                    Amanda







Valderi, Eulália e Angela







Eu e a Karen
 




Edilson


 Eu e Mathes


 Eu, Cláudia e Ângela
 Carlos Renato (meu irmão) e eu






Eu a Lucia Helena












Regina





Alguns amigos não estão aqui porque não tenho foto para colocar. Então amigo, se você não encontrou sua foto não fique chateado.
                                                                                               





domingo, 15 de janeiro de 2012

15/01/12 Domingo



Hoje acordei e verifiquei que tinha muitos fios de cabelos no travesseiro de fronha branca, eles começaram a cair e sei que vai piorar, amanha vou fazer a segunda sessão de quimioterapia. Estou angustiada e melancólica. Toda vez que penso no meu cabelo vem a imagem da Carolina Dieckman na novela. 



A minha vida parou, estou vivendo em função da doença, é fisioterapia, drenagem, nutricionista, mastologista, oncologista... Não faço mais nada, vejo a vida de todos seguirem em frente e a minha parou no tempo, um tempo que é só meu, ninguém pode me resgatar...
Estou tentando de verdade enfrentar de cabeça erguida, mas não é fácil, não é nada fácil, e não esta sendo fácil foi um momento difícil passar por três cirurgias, mas esta sendo mais difícil agora e sei que pode ficar pior...
Recebi e-mail da amiga Rose e tudo que escreveu é a pura verdade.
Começo a pensar em procurar ajuda de um profissional, a Lucia Helena ofereceu para me acompanhar até ao  GESTO GRUPO ESTIMULO SOLIDARIEDADE AO TRATAMENTO ONCOLOGICO. Primeiro porque vou doar a prótese que comprei e nunca usei, creio que vai ajudar alguém e segundo para eu conhecer outras pessoas na mesma situação e a  própria entidade o que ela pode me ajudar.

Amiga,

Homens são de Marte, Mulheres de Vênus, lembra?
Homens e mulheres vivem em planetas diferentes. Ação e reação de ambos, num relacionamento, não concatenam.
A menos que o homem esteja realmente apaixonado, amando de verdade, é que é possível ver certa lógica no que ele sente, e faz.
O homem quando ama, ele volta toda a sua vida para a pessoa amada. Ele vai inteiro para o relacionamento.
Ou, se não ama, mas que possa vir a ter prejuízo patrimonial, ele não se desfaz do "contrato".

Juras de amor, agrados, são atrativos para levar uma "presa" à sua rede. Tá no sangue deles, tá no inconsciente coletivo deles, desde os tempos das cavernas, eles sempre saíram para caçar! Como não podem e não tem mais animais para caçar e nem precisam mais caçar animais para alimentar a sua prole, e como não tem muitos escrúpulos (que também é característica Neandertal - homens dos tempos das cavernas), caçam mulheres.
O inconsciente coletivo das mulheres, é o príncipe encantado, que viria nos salvar, montado num cavalo branco. Casaria conosco e nos levaria a morar em seu castelo e seríamos felizes para sempre.
Tá vendo como as duas situações se casam perfeitas, mas que na prática, não funcionam: o homem caça mulheres e as mulheres estão sempre esperando serem caçadas. Só que quando os homens atingem seu objetivo, eles voltam à sua condição anterior de caçadores, eles partem para novas caças; e as mulheres ficam a ver navios.

É amiga, não sei se te consola (acho que não), cheguei à conclusão que nunca fui amada de verdade por um homem.
A gente alimenta a ilusão de que um eleito nosso, nos quis, nos fez juras... talvez, eles tenham feito mesmo juras, mas por objetivos/interesses próprios momentâneos, e não por amor, para ser para uma vida inteira, como gostaríamos. 

O homem quando quer, batalha, luta por "nóses". Não desisti. Não nos iludi. O homem quando quer mesmo, nos coloca como prioridade e logo que pode ($$$ -porque ele preci$a de$$e tipo de $egurança, porque como um bom Neandertal, ele que provê a casa), uma aliança no nosso dedo anelar esquerdo, não fica no blá-blá-blá.

Homem é isso: objetivo.
Mulher: emoção.

O homem racionaliza seus atos. A mulher acredita que são por amor.
O homem age em função do sexo. A mulher age e faz sexo em função do amor.

Quando você encontrar o homem que faz amor e não só sexo, você encontrou a pessoa certa! Então, espero que estejam na mesma sintonia: que você faça amor com ele também!




sábado, 14 de janeiro de 2012

14/01/12 Sábado


A “Claudinha” que ele se refere no e-mail ele matou, ele foi responsável pela sua morte e agora quem esta aqui é outra, uma pessoa que esta começando a renascer das cinzas como a fênix.
A cinza ainda esta quente... E para renascer é preciso que a cinza se esfrie completamente, porque no calor não é possível... E tenho certeza que vou renascer... como? Ainda não descobri, mas vou renascer...






Hoje recebi um e-mail da amiga Rose com  texto de  Fabricio Carpinejar, achei lindo, segue abaixo:


Os amigos invisíveis

Os amigos não precisam estar ao lado para justificar a lealdade.
Mandar relatórios do que estão fazendo para mostrar preocupação.
Os amigos são para toda a vida, ainda que não estejam conosco a vida inteira.
Temos o costume de confundir amizade com onipresença e exigimos que as pessoas estejam sempre por perto, de plantão.
Amizade não é dependência, submissão.
Não se têm amigos para concordar na íntegra, mas para revisar os rascunhos e duvidar da letra.
É independência, é respeito, é pedir uma opinião que não seja igual, uma experiência diferente.
Se o amigo desaparece por semanas, imediatamente se conclui que ele ficou chateado por alguma coisa.
Diante de ausências mais longas e severas, cobramos telefonemas e visitas.
E já se está falando mal dele por falta de notícias.
Logo dele que nunca fez nada de errado!
O que é mais importante: a proximidade física ou afetiva?
A proximidade física nem sempre é afetiva.
Amigo pode ser um álibi ou cúmplice ou um bajulador ou um oportunista, ambicionando interesses que não o da simples troca e convívio.
Amigo mesmo demora a ser descoberto.
É a permanência de seus conselhos e apoio que dirão de sua perenidade.
Amigo mesmo modifica a nossa história, chega a nos combater pela verdade e discernimento, supera condicionamentos e conluios.
São capazes de brigar com a gente pelo nosso bem-estar.
Assim como há os amigos imaginários da infância, há os amigos invisíveis na maturidade.
Aqueles que não estão perto podem estar dentro.
Tenho amigos que nunca mais vi que nunca mais recebi novidades e os valorizo com o frescor de um encontro recente.
Não vou mentir a eles ¿vamos nos ligar?¿ num esbarrão de rua.
Muito menos dar desculpas esfarrapadas ao distanciamento.
Eles me ajudaram e não necessitam atualizar o cadastro para que sejam lembrados.
Ou passar em casa todo o final de semana e me convidar para ser padrinho de casamento, dos filhos, dos netos, dos bisnetos.
Caso encontrá-los, haverá a empatia da primeira vez, a empatia da última vez, a empatia incessante de identificação.
Amigos me salvaram da fossa, amigos me salvaram das drogas, amigos me salvaram da inveja, amigos me salvaram da precipitação, amigos me salvaram das brigas, amigos me salvaram de mim.
Os amigos são próprios de fases: da rua, do Ensino Fundamental, do Ensino Médio, da faculdade, do futebol, da poesia, do emprego, da dança, dos cursos de inglês, da capoeira, da academia, do blog. Significativos em cada etapa de formação.
Não estão em nossa frente diariamente, mas estão em nossa personalidade, determinando, de modo imperceptível, as nossas atitudes.
Quantas juras foram feitas em bares a amigos, bêbados e tr�?pegos?
Amigo é o que fica depois da ressaca.
É glicose no sangue.
A serenidade.


 Cometa bobagens. Não pense demais porque o pensamento já mudou assim que se pensou. O que acontece normalmente, encaixado, sem arestas, não é lembrado. Ninguém se lembra do que foi normal. Lembramos do porre, do fora, do desaforo, dos enganos, das cenas patéticas em que nos declaramos em público. Cometa bobagens. Dispute uma corrida com o silêncio. Não há anjo a salvar os ouvidos, não há semideus a cerrar a boca para que o seu futuro do passado não seja ressentimento. Demita o guarda-chuva, desafie a timidez, converse mais do que o permitido, coma melancia e vá tomar banho de rio. Mexa as chaves no bolso para despertar uma porta. Cometa bobagens. Não compre manual para criar os filhos, para prender o gozo, para despistar os fantasmas. Não existe manual que ensine a cometer bobagens. Não seja sério; a seriedade é duvidosa; seja alegre; a alegria é interrogativa. Quem ri não devolve o ar que respira. Não atravesse o corpo na faixa de segurança . Grite para o vizinho que você não suporta mais não ser incomodado. Use roupas com alguma lembrança. Use a memória das roupas mais do que as próprias roupas. Desista da agenda, dos papéis amarelos, de qualquer informação que não seja um bilhete de trem. Procure falar o que não vem à cabeça. Cantarolar uma música ainda sem letra. Deixe varrerem seus pés, case sem namorar, namore sem casar. Seja imprudente porque, quando se anda em linha reta, não há histórias para contar. Leve uma árvore para passear. Chore nos filmes babacas, durma nos filmes sérios. Não espere as segundas intenções para chegar às primeiras. Não diga “eu sei, eu sei”, quando nem ouviu direito. Almoce sozinho para sentir saudades do que não foi servido em sua vida. Ligue sem motivo para o amigo, leia o livro sem procurar coerência, ame sem pedir contrato, esqueça de ser o que os outros esperam para ser os outros em você. Transforme o sapato em um barco, ponha-o na água com a sua foto dentro. Não arrume a casa na segunda-feira. Não sofra com o fim do domingo. Alterne a respiração com um beijo. Volte tarde. Dispense o casaco para se gripar. Solte palavrão para valorizar depois cada palavra de afeto. Complique o que é muito simples. Conte uma piada sem rir antes. Não chore para chantagear. Cometa bobagens. Ninguém lembra do que foi normal. Que as suas lembranças não sejam o que ficou por dizer. É preferível a coragem da mentira à covardia da verdade.