sábado, 24 de dezembro de 2011

09/12/11 Sexta-feira


Consegui dormi, mas acordei angustiada, ainda é cedo, estou na duvida se envio mensagem ou se ligo, ou não faço nada.
Esta chovendo, ou melhor, continua chovendo, quero ficar na cama, não estou com vontade de enfrentar o dia de hoje.
São 08h45min, liguei, não consegui controlar minha ansiedade. Acabei acordando amor.
- Bom dia.
- Desculpa amor, eu te acordei?
- Não
- Amor, é melhor você não vir hoje.
- Não! Vou te buscar fica tranqüila.
- Mas...
- As 11h00min eu te pego.
- Pode ser as 11h15min, eu sou a ultima.
- Ok
Desligamos, mas continuo aflita. Ensebei um pouco na cama e a hora passou, fui tomar banho e  me arrumar. As 11h15min ele chegou para me buscar, entrei no carro e começamos a conversar.
- Fala amor, conta tudo.
- Meu filho chegou...
- Antes disso.
- Há, começou após o almoço de ontem. Cheguei no escritório e ela estava no site da loja que compramos roupa para você.
- Putz!
- Tudo bem Manu?
- Tudo.
Ela estava com um sorriso sem graça e duvidoso.
- Dá um biquíni para mim?
- Não, você tem seu dinheiro, você compra.
- Você vai para praia então?
- Não Manu, a Claudia queria comprar um top e eu dei de presente para ela. Qual é o problema?
Na mesma noite foi ver o filho, tomaram um lanche e conversaram, Contou que esta em conflito, que ainda não consegue definir o sentimento que tem em relação a Manu, se é amizade, carinho, pena... Que disse  a mesma que se tiver que pagar um preço, que vai pagar, que não vai me deixar, Falei que esta situação me deixa muito aflita, que não quero ser o “pivô” da situação, que neste momento sou divisor de águas entre eles, Li a mensagem que tinha escrito mas não enviado, que meu coração mandava não enviar e que a razão falava para enviar, acabei ouvindo o coração!
- Você é contraditória, no final diz que me ama.
- É verdade, eu também estou em conflito. Tem coisas que tenho que usar a razão, mas a emoção muitas vezes não me deixa.
- Você precisa que eu esteja ao seu lado.
- Amor, eu preciso, mas isto não quer dizer que se não estiver não vou conseguir. Vai ser difícil, vai ser doloroso, mas não vou morrer, Não é responsável por mim, não tem que estar  comigo por que preciso, você tem que dar uma chance para vocês, não tiveram tempo para isto e você tem que ser mais flexível. Você pede para a Manu que mude de atitude, mas você impõe para a mesma que não vai me deixar. Não tem lógica, não há a mínima chance de vocês se reconciliarem.
- Vou pensar.
- Pensar amor, não é fácil eu esta aqui falando tudo isto para você, falando para dar uma chance  para a Manu.
- Mas é o correto.
- Exatamente, sou muito sensata e correta.
Chegamos no consultório, não tinha ninguém na recepção, fui até a sala da Dra e bati na porta que estava semi aberta, estava nos aguardando.
Fui recebida com um abraço caloroso. Conversamos e passei para outra sala para tirar o dreno e os pontos. Passou algumas recomendações, fisioterapia. Despedimos-nos.
Sai do consultoria feliz! Entramos no carro, ele perguntou se queria almoçar com o mesmo, disse que sim, mas mudei de idéia, Meu medo era de a Manu estar esperando o mesmo na porta da casa da Elza. Tomamos rumo de casa. O assunto Manu voltou a tona, pedi para pensar em tudo que tínhamos conversado.
- Eu converso com você, com a minha mãe, com o Luiz e pondero tudo.
- Isso amor, pondere.
- Claudia
Neste momento tive a sensação que ele se despediria que tinha algo para falar, mas engoliu.
- Fala Ricardo!
- Nossa, soa estranho.
Rimos.
- É verdade
- Você sé me chama de amor.
Chegamos na porta de casa, ele vão para o sitio, se o comprimido de saudade acabar é para ele ligar, nos despedimos, mas fiquei com a sensação que alguma coisa não estava bem.
Estou bem mais leve em todos os sentidos, estou sabendo o que esta acontecendo, tirei os pontos e o dreno. Não me sinto enganada, não estou traindo ninguém nem meus princípios. É uma situação delicada para ambos, Um homem, duas mulheres, sentimentos diferentes, conflitos diferentes.
Deitei para relaxar. Acordei por volta das 15h00min, vamos ao shopping hoje, eu Ângela e Marli.
Entrei na loja de sapato e experimentei vários, cada um mais lindo do que outro, acabei levando três pares, um vermelho (sapatilha), um preto e um bege (rasteirinha). Passei na livraria, mas não encontrei o livro que amor quer: Crise – Leonardo Bofi
Fomos procurar camisa para o amor, fomos a varias lojas e acabamos voltando na segunda loja que entrarmos primeiro. Muitas camisas esportes, uma mais linda que a outra. Gostei de uma azul, outra azul clara, acho que ele fica bem de roupa claro por que é moreno. Tinha um cinza chumbo, outra colorida de bege e azul, calma! Fiquei confusa. Pedi ajuda cada uma votou em uma, Ploft! Voltamos a estaca zero. Lembrei que ele queria uma camisa preta, já que a Manu nunca deixa ele comprar, uma já esta escolhida e a outra? Acabei optando pela mais clara com listas largas de bege, azul e verde. Fomos para o restaurante, comemos, rimos, foi uma noite ótima!
Creio que hoje vou ter uma noite tranqüila.
Boa noite amor! Sei que não pode me ouvir, mas desejo realmente uma noite tranqüilo e que seja feliz!  Beijos, beijos!
Hoje, por hoje, somente hoje, tudo foi lindo e maravilhoso!














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