Consegui
dormi, mas acordei angustiada, ainda é cedo, estou na duvida se envio mensagem
ou se ligo, ou não faço nada.
Esta
chovendo, ou melhor, continua chovendo, quero ficar na cama, não estou com
vontade de enfrentar o dia de hoje.
São
08h45min, liguei, não consegui controlar minha ansiedade. Acabei acordando
amor.
- Bom dia.
- Desculpa
amor, eu te acordei?
- Não
- Amor, é
melhor você não vir hoje.
- Não! Vou
te buscar fica tranqüila.
- Mas...
- As
11h00min eu te pego.
- Pode ser
as 11h15min, eu sou a ultima.
- Ok
Desligamos,
mas continuo aflita. Ensebei um pouco na cama e a hora passou, fui tomar banho
e me arrumar. As 11h15min ele chegou
para me buscar, entrei no carro e começamos a conversar.
- Fala
amor, conta tudo.
- Meu
filho chegou...
- Antes
disso.
- Há,
começou após o almoço de ontem. Cheguei no escritório e ela estava no site da
loja que compramos roupa para você.
- Putz!
- Tudo bem
Manu?
- Tudo.
Ela estava
com um sorriso sem graça e duvidoso.
- Dá um
biquíni para mim?
- Não,
você tem seu dinheiro, você compra.
- Você vai
para praia então?
- Não
Manu, a Claudia queria comprar um top e eu dei de presente para ela. Qual é o
problema?
Na mesma
noite foi ver o filho, tomaram um lanche e conversaram, Contou que esta em
conflito, que ainda não consegue definir o sentimento que tem em relação a
Manu, se é amizade, carinho, pena... Que disse
a mesma que se tiver que pagar um preço, que vai pagar, que não vai me
deixar, Falei que esta situação me deixa muito aflita, que não quero ser o
“pivô” da situação, que neste momento sou divisor de águas entre eles, Li a
mensagem que tinha escrito mas não enviado, que meu coração mandava não enviar
e que a razão falava para enviar, acabei ouvindo o coração!
- Você é
contraditória, no final diz que me ama.
- É
verdade, eu também estou em
conflito. Tem coisas que tenho que usar a razão, mas a emoção
muitas vezes não me deixa.
- Você
precisa que eu esteja ao seu lado.
- Amor, eu
preciso, mas isto não quer dizer que se não estiver não vou conseguir. Vai ser
difícil, vai ser doloroso, mas não vou morrer, Não é responsável por mim, não
tem que estar comigo por que preciso,
você tem que dar uma chance para vocês, não tiveram tempo para isto e você tem
que ser mais flexível. Você pede para a Manu que mude de atitude, mas você
impõe para a mesma que não vai me deixar. Não tem lógica, não há a mínima
chance de vocês se reconciliarem.
- Vou
pensar.
- Pensar
amor, não é fácil eu esta aqui falando tudo isto para você, falando para dar
uma chance para a Manu.
- Mas é o
correto.
-
Exatamente, sou muito sensata e correta.
Chegamos
no consultório, não tinha ninguém na recepção, fui até a sala da Dra e bati na
porta que estava semi aberta, estava nos aguardando.
Fui
recebida com um abraço caloroso. Conversamos e passei para outra sala para
tirar o dreno e os pontos. Passou algumas recomendações, fisioterapia.
Despedimos-nos.
Sai do consultoria
feliz! Entramos no carro, ele perguntou se queria almoçar com o mesmo, disse
que sim, mas mudei de idéia, Meu medo era de a Manu estar esperando o mesmo na
porta da casa da Elza. Tomamos rumo de casa. O assunto Manu voltou a tona, pedi
para pensar em tudo que tínhamos conversado.
- Eu
converso com você, com a minha mãe, com o Luiz e pondero tudo.
- Isso
amor, pondere.
- Claudia
Neste
momento tive a sensação que ele se despediria que tinha algo para falar, mas
engoliu.
- Fala
Ricardo!
- Nossa,
soa estranho.
Rimos.
- É
verdade
- Você sé
me chama de amor.
Chegamos
na porta de casa, ele vão para o sitio, se o comprimido de saudade acabar é
para ele ligar, nos despedimos, mas fiquei com a sensação que alguma coisa não
estava bem.
Estou bem
mais leve em todos os sentidos, estou sabendo o que esta acontecendo, tirei os
pontos e o dreno. Não me sinto enganada, não estou traindo ninguém nem meus
princípios. É uma situação delicada para ambos, Um homem, duas mulheres,
sentimentos diferentes, conflitos diferentes.
Deitei
para relaxar. Acordei por volta das 15h00min, vamos ao shopping hoje, eu Ângela
e Marli.
Entrei na
loja de sapato e experimentei vários, cada um mais lindo do que outro, acabei
levando três pares, um vermelho (sapatilha), um preto e um bege (rasteirinha).
Passei na livraria, mas não encontrei o livro que amor quer: Crise – Leonardo
Bofi
Fomos
procurar camisa para o amor, fomos a varias lojas e acabamos voltando na
segunda loja que entrarmos primeiro. Muitas camisas esportes, uma mais linda
que a outra. Gostei de uma azul, outra azul clara, acho que ele fica bem de
roupa claro por que é moreno. Tinha um cinza chumbo, outra colorida de bege e
azul, calma! Fiquei confusa. Pedi ajuda cada uma votou em uma, Ploft! Voltamos
a estaca zero. Lembrei que ele queria uma camisa preta, já que a Manu nunca
deixa ele comprar, uma já esta escolhida e a outra? Acabei optando pela mais
clara com listas largas de bege, azul e verde. Fomos para o restaurante,
comemos, rimos, foi uma noite ótima!
Creio que
hoje vou ter uma noite tranqüila.
Boa noite
amor! Sei que não pode me ouvir, mas desejo realmente uma noite tranqüilo e que
seja feliz! Beijos, beijos!
Hoje, por
hoje, somente hoje, tudo foi lindo e maravilhoso!
Nenhum comentário:
Postar um comentário