A
sexta-feira chegou com um céu de brigadeiro anunciando a vida, muito calor, pensei
bastante, resolvi ligar, pedi para o Ricardo, as 12h30min ele estava no portão
de casa, nos cumprimentamos como dois amigos, beijos no rosto.
Que
saudade!
Perguntou
sobre a minha semana e relatei. No percurso para o hospital, varias vezes
segurou em minha mão. Perguntou sobre o presente que eu tinha comprado, quando
eu entregaria.
- Não vou
te entregar! A Manu não vai deixar você entrar no condomínio com o meu
presente, muito menos usar.
- Já falei
em casa que você comprou um presente para me dar.
- Azar o
seu! Dana-se!!! Problema seu! Quem mandou contar.
Contou que
ele ficou “grilada” por ele ter vindo me buscar. Que falou para a mesma PARA! Já tínhamos conversado sobre isto.
Estacionou
o carro em uma rua perpendicular a internação, aproveitou uma sombra, estava
muito quente este dia. Descemos e quis me abraçar, não deixei.
- Para com
isto, deixa e te abraçar, não fuja.
- Não!
Melhor não.
Apresentei-me
na recepção da internação. Enquanto aguardamos conversamos sobre coisas amenas,
rimos muito (ele me faz rir sempre) e em seguida fui chamada pela enfermeira
Fernanda.
- Ah! Você
de novo???
Cai na
gargalhada, dou trabalho para os enfermeiros, tudo questiono.
Acompanhou-me
até o quarto, me instalei e solicitei que fosse embora. Acompanhei o mesmo até
a porta do elevador, dei um abraço de despedida bem forte, virei e voltei para
o meu quarto sem olhar para traz. Tinha a nítida sensação que estava encerrando
ali mais um ciclo da minha vida.
Minha
cirurgia esta marcada para as 14h00min, as 16h00min a enfermeira veio me
buscar, até que enfim, já estava ficando ansiosa.
Entrei na
sala de cirurgia e uma equipe de enfermeiros me rodeou, expliquei a minha alergia,
mesmo tudo anotado no prontuário. O medico entrou na sala, não é nada
simpático. Tentei manter um dialogo com o mesmo, mas foi impossível. A
anestesista chegou, conversou comigo, fez varias perguntas (iguais das
cirurgias anteriores). Em seguida começo o procedimento, colocou uma placa na
minha perna, vários eletrodos e por fim o balão de oxigênio e por fim a
anestesia geral.
Acordei na
sala de recuperação, estava com muita sede, pedi para a enfermeira e a mesma
disse não poderia me dar água, minha pressão estava muito baixa, tinha que
aguarda.
As
anteriores que foram maiores não tive nenhum problema, esta que foi mais simples não estou bem.
Também em
30 dias, 3 cirurgias, 3 anestesia geral, não a corpo que agüente, tem que
reagir mesmo.
lhei para
o local da cirurgia e vi que tinham colocado outro tipo de esparadrapo, PQP!!!
, igual ao que usamos para embrulhar carnes, vasilhas para ir para a geladeira,
me senti um pedaço de carne pronta para ir para o congelador (risos). FUDEU! Isto não vai dar certo. Por volta da 20h00min
meu irmão veio me buscar. Cheguei em casa
e fui tomar um lanche,
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