sábado, 24 de dezembro de 2011

10/12/11 Sábado



Acordei bem, o dia esta meio  embaçado. Aproveitei e separei os documentos que vou precisar para dar entrada no FGTS e no seguro. Fui até a floricultura para tira Xerox, conversei um pouco e voltei para casa. Li e assisti TV, almocei tudo tranqüilo.
As 12h48min meu sábado se transformou, foi como um tsunami que chegou sem avisar e arrasou, passou por cima e tudo e deixou rastro profundo de destruição.
O meu amor ligou perguntou sobre a minha noite, se tudo estava bem. Respondi que sim na maior felicidade e perguntei.
- E você amor? Como foi no sitio.
- Eu preciso te contar, não fui para o sito, a Manu me pediu para eu ir até lá para conversarmos eu fui. Começou a relatar e eu a chorar (choro abafado pelo travesseiro), as lagrimas não aparavam. Tive vontade de gritar, berrar, para!!!!!!!!!!! COVARDE!!!! Eu não quero ouvir nada, não quero saber de nada, não faz isto comigo, agora não!!!! Agora que abri todas as portas, janelas e frestas para você entrar com seu amor, por favor. Mas em vez disto ouvi calada, era uma dor sem fim, rasgava minha carne, minha alma. Perguntou se queria falar alguma coisa?
Tive vontade de falar todos o palavrão que sei, os mais sórdidos, teve vontade de mandar ele para o INFERNO, tive vontade de GRITA COVARDE, COVARDE! Mas não fiz. Em vez disso eu disse:
- O que você quer ouvir?? Obrigado!
- Claudia, não chore,  você estava tão segura ontem quando conversamos.
Chorei, chorei muito, esta doendo, meu coração esta em pedaços. Vou recolher os pedaços e vou colocar em um saco plástico e congelar, não tenho coragem nem forças para juntar os pedaços, remendar, talvez daqui algum tempo. Estou me sentido perdida, desorientada. É como se eu estivesse andando e de repente fosse atingida por um caminhão, passou por cima e foi embora sem socorrer a vitima, sem dar tempo de anotar a placa. Estou tão abalada, confusa e com raiva. Sou grata por tudo que ele fez, foi solidário, amigo, me socorreu me amparou. Mas tenho raiva e mim mesma, por que me deixei envolver, por quê? Por que abri a retaguarda, abri as porta e janelas do meu coração? BURRA!!!!!! Você é muito BURRA! Chorei e voltei a chorar por varias vezes, é uma dor que rasga a alma.





Liguei para Regina precisava falar.
- Oi amiga
- Tudo bem?
- Não!
- Não? Por quê?
- Ele foi embora.
- Como?
- Vamos tomar um café mias tarde para conversarmos?
- Vou, eu te pego as 16h00min
- OK!
Desliguei o telefone e ainda rolei na cama, chorei mais um  pouco. Por volta das 14h00min a Letícia veio separar os produtos da Natura. Fez eu ri muito, pois tinha feito luzes no cabelo e a mesma tinha ficado verde. Foi embora e fui tomar um banho para sair com a Re.
No horário combinado ela chegou. Entrei no carro e comecei a relatar tudo que ele tinha me falado e tudo que eu tinha tido para ele na sexta-feira.
- Caramba!!!!! Você é muito sensata, joga fora isto., pensa em você. Você gosta dele, por que fica empurrando para a Manu? Falando o que ele deve fazer. Deixa-o decidir, não fala mais nada, não empurra ele para ela.
- Mas a minha consciência?
- Manda para a PQP!!!!!!!!!!!! Risos
- Eu gosto dele!
- Então viva isto, mesmo que for as escondidas, se precisar me coloca no rolo, não tem problema.
Já estávamos no France Café, ficamos lá por um bom tempo. Saímos e fomos dar uma volta de carro pela cidade. Voltamos para casa e fui mostrar os presentes que ele tinha me dado.
Também contei que tinha comprado presente para ele na sexta-feira. Incentivou a entregar. Eu nem tive chance de contar para ele como tinha sido minha sexta, como eu estava feliz. Não jantei, fui para o quarto, não consegui ler nem escrever, tão pouco prestei atenção na TV. Tenho vontade de tira meu cérebro, colocar em uma caixa para eu para de pensar. Relembro tudo que me falou, tento verificar se escapou alguma coisa... se ouvi, se entendi tudo... COVARDE!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Por que não veio me falar pessoalmente olhando nos meus olhos, vendo minha dor. COVARDE! COVARDE! COVARDE!




Soluços e gemidos de rasgar a alma saiam do âmago do meu ser.

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